10 outubro, 2017
26 setembro, 2017
A história do mecânico chamado Isaltino
A história do mecânico chamado Isaltino
A Opinião de Guilherme Duarte
Isaltino era um mecânico que parecia fazer um bom trabalho, mas pela calada ia enganando e roubando os clientes. Foi condenado e voltou a abrir uma oficina. Estranhamente, alguns dos clientes antigos continuam a ir lá deixar o carro.
Tenho um problema com mecânicos: acho sempre que me estão a enganar. Como percebo pouco de mecânica fico sempre com a sensação de que os termos técnicos que eles dizem só servem para me confundir e acreditar que afinal aquele arranjo, inicialmente orçamentado em 50 euros, se transformou em 500 euros de forma completamente honesta e necessária.
O meu último mecânico chamava-se Isaltino. Até parecia um gajo porreiro, todo bonacheirão, com o seu charuto na boca enquanto ia mexendo nos carros. Tal como todos os mecânicos, estendia o antebraço quando me cumprimentava porque tinha sempre as mãos sujas. É sempre estranho agarrar o pulso de um homem e abaná-lo, mas é um ritual que já todos conhecemos. Parece sempre que estamos a cumprimentar um maneta, interagindo com o seu coto, o que num mecânico até seria bom pois era sinal de que não cobrava mão de obra.
O Isaltino parecia um bom mecânico que resolvia os problemas dos carros. Era daqueles mecânicos preocupados que agia preventivamente já que quando o problema era da Capa de Biela, dizia que era melhor trocar já a correia de distribuição para evitar problemas e o carro ficar como novo. E ficava! O arranjo saía caro, mas o que é certo é que o carro vinha de lá a andar e sem barulhos esquisitos. Uma vez precisei de trocar as escovas, mas o Isaltino disse-me que devido a um problema do elevador dos vidros era melhor trocar o motor. Mais uma vez, como não percebo nada de carros, desconfiei e fiquei ali entre a espada de parede, ou entre o achar que ele poderia estar a querer sacar-me dinheiro e a minha ignorância que me levava a acreditar nele. Disse que sim e paguei, tal como fazemos no médico e quando levamos o computador a arranjar. Os funcionários lançam-nos termos técnicos e nós somos forçados a acreditar que eles sabem mais do que nós e que seriam incapazes de nos enganar.
Certo dia, o Isaltino foi preso. Uma grande investigação à sua oficina concluiu que andava a roubar os clientes, inventando arranjos desnecessários, trocando peças novas por segunda mão, levando os carros a uma oficina de diagnóstico de um primo dele, sem que houvesse necessidade. A juntar a tudo isto, a fatura era sempre opcional, sugestão do Isaltino e acatada pelos clientes que já haviam gasto mais do que o inicialmente previsto. Havia ainda a desconfiança de que a oficina era utilizada para lavagem de dinheiro de outros negócios ilícitos. Isaltino sempre disse ser inocente e que tudo não passava de uma cabala de outros mecânicos que invejavam o seu profissionalismo e a forma como os carros saíam da sua oficina sempre bem arranjados, mas a acusação deu como provados todos os seus crimes e condenou o mecânico a 7 anos de prisão e ordenou o fecho da sua oficina. Como Isaltino era bem conectado — já que muitos políticos arranjavam os seus carros nessa oficina — acabou por sair ao fim de ano e meio.
Quando Isaltino saiu do cárcere, mais magro, decidiu voltar a abrir uma oficina já que ser mecânico era tudo o que ele sabia ser. Ao contrário do que seria de esperar, devido ao seu cadastro e crimes cometidos no exercício das suas funções, muitos dos seus clientes antigos voltaram a confiar nos seus serviços e a oficina depressa estava cheia e a faturar. Eu nunca mais lá fui! Perguntei a um amigo meu o porquê de ele continuar a ir a um mecânico que já tinha sido provado ser desonesto, corrupto, aldrabão e que rouba dinheiro dos clientes e a resposta desse meu amigo foi simples: "Os mecânicos são todos iguais. Todos roubam! Ao menos neste os carros ficam bem arranjados!".
Percebi o que ele queria dizer com aquilo e a minha sensação em relação a mecânicos também era essa, mas tal como no amor, se me enganarem sem eu saber, tudo bem, mas a partir do momento que eu descubra, nunca mais haverá nada entre nós. A minha dignidade assim o exige, assim como a minha legitimidade para me queixar. Sabem aquele ditado do "Engana-me uma vez, shame on you, engana-me duas vezes, shame on me"? Levo isso à letra com os amores, com os mecânicos e com os políticos.
18 setembro, 2017
14 setembro, 2017
Futebol em dia de leições
Ontem, depois da má-fé da Liga do futebol profissional em marcar jogos para o dia das autárquicas, aproveitando as lacunas da lei, escrevi que ela merecia resposta pronta: "Quem faz as leis que tire as devidas conclusões..." Ontem mesmo, o governo fez saber que a partir do próximo ano não haverá jogos em dias de eleições!
PRAXES ACADÉMICAS
13 setembro, 2017
Isaltino Morais - no seu melhor
12 setembro, 2017
Matriculas das viaturas em Portugal
"A verdade é que não há certezas, mas o mais provável, segundo o site Motor24, é que o novo modelo seja composto por duas letras, dois algarismos e duas letras: AA-22-AA.
Recorde-se que as matrículas começaram a ser usadas em Portugal a partir do dia 1 de janeiro de 1937 e incluía o modelo de duas letras e quatro número: AA-22-22.
Este modelo esteve em vigor até 1992. Depois passou a ser quatro número e duas letras: 22-22-AA. Mas neste ano, esta não foi a única mudança." In Noticias ao Minuto"
11 setembro, 2017
ISALTINO Morais, nunca mais
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Hoje
08 setembro, 2017
Sócrates - notícia de primeira página
DE facto o CM coloca na sua primeira página esta interessante e importante notícia para o processo de acusação à José Sócrates.
Muito mal vai este jornal, que pouco mais faz que sujar as mãos de quem o lè, para não falar no que faz aos espíritos do incautos
Pinto da Costa afinal ainda existe!
Pinto da Costa está cá. Apareceu em entrevista
Sócrates - o elogio
Oeiras - Gabinete de Apoio à Vitima
07 setembro, 2017
Parque dos Poetas - Oeiras - Poeiras
Festival Poeiras invade mais uma vez o Parque dos Poetas em Oeiras
Nos dias 08, 09 e 10 de Setembro, o festival "Poeiras" volta a invadir o Parque dos Poetas em Oeiras com música, teatro, dança, poesia.
Espectáculos musicais, recitais de poesia, contadores de histórias, atividades para crianças e encontro de culturas são apenas alguns dos eventos culturais que fazem parte da programação do festival Poeiras que, nos dias 08, 09 e 10 de Setembro, está de regresso ao Parque dos Poetas.
O palco Poeiras, situado no anfiteatro do Parque dos Poetas, foi o local escolhido para que Bruno Nogueira e Manuela Azevedo ponham em cena a peça ‘Deixem o Pimba em Paz’. Este é, como se pode ler no comunicado enviado, “um novo olhar que resgata com humor e muita qualidade musical a música popular portuguesa”.
O segundo dia está reservado a Aline Frazão que apresentará um espectáculo Insular. E para fechar bem, a actuação do DJ internacional Ricardo Imperatore e convidados promete pôr a plateia a dançar e a celebrar.
Já para o palco Alameda, a organização reservou um evento diferente. ‘Os ritmos tradicionais dos vários continentes que albergam a lusofonia’ farão uma retrospetiva a este estilo musical, desde o funaná ao samba, passando pela marrabenta. Se gosta de dançar, aproveite.
A poesia terá também um lugar reservado em recitais do mundo lusófono. O Auditório do Templo da Poesia receberá espectáculos diários, com lugares limitados, onde contadores de histórias tradicionais terão oportunidade de proporcionar às famílias uma noite relaxada e reconfortante.
Os mais pequenos têm também um lugar reservado neste evento cultural. O Poeirinhas é a área onde as crianças e adolescentes poderão experimentar jogos da actualidade e de outras épocas, assistir e participar em oficinas, fazer um piquenique ou simplesmente relaxar.
A Alameda dos Poetas “transformar-se-á em Alameda das Culturas. De um lado, a oportunidade de conhecer artesanato português contemporâneo. Do lado oposto, produtos gastronómicos tradicionais dos países lusófonos. Oportunidade de ouro para provar os sabores das diferentes culturas. É também por aqui que desfilarão os cortejos de celebração, convidando o público a festejar o fecho do verão”,