14 junho, 2017

Professores em greve

O líder dos professores, que de professor terá muito pouco, pois sabe-se entre várias coisas que não passa por uma sala de aulas há muitos e muitos anos, tenho na TV sempre assento quando há barafunda dos professores com o Governo.
Sabe-se que há professores, honestos, conhecedores das matérias que procuram ensinar, que tem jeito  para trabalhar com os seus alunos, que sabem "domesticar" as turmas quando estas querem sair dos eixos, mas sabe-se também, que há muita gente que por lá anda que terá jeito para tudo, mas não para ser um bom exemplo para o futuro dos seus educandos.
Porque razão  um professor, qualquer que ele seja, em função das disciplinas que lecciona, merece ter menos anos de trabalho que muitos dos demais trabalhadores do Estado? Já não lhes chega a diminuição da carga horária baixar em função dos anos de serviço? Já não lhes chega as férias e os tempos livres que durante o ano lhes vão creditando ao contrário dos outros trabalhadores do Estado.
Que moral tem estes sindicalistas que despudoradamente respondem que o Ministério pode mudar o dia dos exames, quando estes estão marcados desde o inicio do ano lectivo e a greve só foi marcada agora?
Que moral tem os próprios professores, se eles próprios tem filhos, netos, familiares ou amigos na situação de não poderem fazer o exame naquele dia antecipadamente marcado.
Desde que os conheci como tal, desde 1974, que mantenho a mesma opinião.
Só são sindicalistas para os funcionários do Estado, nas empresas e na actividade privada, que tem vindo a perder muitas centenas de milhares de sindicalizados, as suas teorias e práticas não entram.
Quem tem familiasres na situação de indecisão de haver ou não haver exames, sabe o que se está a passar com os alunos.
Quando a maioria dos portugueses  tem saláris baixos, tem dificuldade de arranjar emprego e quando arranja, é com contratos a prazo, que acham estes professores que pensemos deles, que tem salário certo ao fim de cada mês e igualmente "emprego" certo até ao final da vida?
E, senhores professores, os vossos créditos como tal, estão cada vez mais em baixo.
Cuidem-se porque cada vez haverá menos paciência para vos aturar.

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